Obrigado ❤️ William Zinsser, do livro On Writing Well, por nos lembrar que a indústria da comunicação nos condicionou ao hábito de ler/ver palavras em excesso no dia a dia; e os riscos de carregarmos essas palavras em nossas produções. #williamzinsser #textos #escrita #clutter #excesso #tiodovale
Pessoal, vamos celebrar este minuto e refletir sobre como nossa comunicação carrega as pragas do excesso de palavras inúteis. Pode ser que esse texto, atualmente, esteja, de fato, carregando isto, tudo bem? Vamos lá porque quem vai nos ajudar neste assunto é o William Zinsser do livro On Writing Well.
Imagine um rapaz que entrou na plantação para tentar exterminar as pragas que nascem por todo lado. No mundo das plantas não é difícil percebê-las. Mas e na escrita? Segundo William, é a mesma coisa, elas estão por todo lado. Inclusive, elas podem estar no seu texto e talvez você já se acostumou.
Exemplo de origem dessas palavras em excesso? Na época do escândalo Watergate, o advogado do presidente Nixon disse "at this point in time". Tipo, neste exato momento. E não é que parece mais mais bonito do que dizer agora?
Daí quem assiste os jornais, notícias e comunicações oficiais da indústria da comunicação, de repente, se vê dizendo algo como "neste exato estou me sentindo com necessidade de comer." Véi, cê tá com fome?
Assim, é necessário refletir. Porém, é difícil porque na correria do nosso dia a dia vivenciamos textos e comunicações que trazem essas palavras em excesso, que não somam. Pior é quando carregamos isso em nossos textos e para frente, para nossos leitores .
Imagine um rapaz que escreveu: Meu amigo pessoal, que é meu médico pessoal, trouxe uma questão pessoal.
Quando eliminamos esse excesso em nossos textos e na nossa comunicação, podemos encontrar um texto mais valioso que tem substância.
Alguns casos:
O William escreveu, tradução livre, que "o ruído em excesso é a linguagem que o Pentágono usou para chamar uma simples invasão em 'ataque em reação para reenforco protetivo'". (P.14)
Obrigado William Zinsser.