Obrigado ❤️ Marcio S Galli, do Processo Tio do Vale, por nos ajudar a refletir sobre um tipo de portfólio de projetos que pode ser elaborado por empreendedores mesmo quando as ideias estão em desenvolvimento - um portfólio que organiza e estratégico. #tiodovale #aprendizado #portfolio #transparência #portfólio #contabilidade #reputação #trabalho
Pessoal, vamos refletir sobre como o portfólio pode ser aplicável as tarefas dos empreendedores quando ainda estão criando suas ideias de produto, antes mesmo de terem clientes. Quem vai nos ajudar com isso é o Marcio S Taboca, do processo Tio do Vale.
Imagine uma situação de um artista que organizou um portfólio das artes que já foram vendidas. Ele faz isso para contar a história de seu trabalho, para mostrar aos prospectos clientes. Assim, ele projeta sua técnica, sua autoridade e reputação. Com isso, o curso natural, é que um prospecto cliente pode analisar, entender melhor, o que pode aumentar a decisão de compra e vir a se tornar cliente. Ainda, vale lembrar, que no ato da venda ele faz o registro do trabalho com a referência do cliente assim alimenta seu portfólio. Essa situação você conhece pois se aplica a um tipo de produto ou serviço que está pronto, que funciona e que está sendo oferecido continuamente para clientes. Ou seja, um produto validado.
Agora, por outro lado, considere uma empreendedora que está trabalhando em uma ideia de um produto ou serviço. Digamos que é uma bicicleta para andar na água. Se ela não tem o que mostrar, se não tem clientes, será que ideia de portfólio se aplica?
Normalmente não, até porque existe uma pressão por foco. Ela pensa, justamente por estar focada, que irá ter um portfólio mas só quando terminar o produto ou assim que conquistar verdadeiros clientes. Ao consultar seus investidores e apoiadores - como a família ou amigos - ela recebe apoio total para o foco na criação do valor direto, do produto.
Com isso ela dá a largada no rumo da jornada do empreendedorismo. Ela inicia atividades de execução para a construção do produto e o tempo passa. Com a experiência, no entanto, decorre uma outra situação: Aquele produto, da forma que ela conceitualizou, não está se materializando. Agora ela se vê diante de muitas opções. Ela prototipou um skate, conceitualizou algumas novas versões como um tricilo, etc. Ainda, muitas das coisas que ela fez no caminho ficarão escondidas e só ela terá uma vaga lembrança - mesmo que ela saiba que irá ganhar experiência com isso tudo.
Mas, de qualquer forma, agora ela vê que talvez aquele produto não seja o que ela conceitualizou e ainda pode nem ser que seja entregue - já que o mercado pode não aceitar. Nessa situação, vem uma complicação que diz: E se nada disso funcionar? Depois de tantas ideias, esboços, conceitualizações, protótipos, experimentos. Será que eu poderia pelo menos executar esses anos e conquistar um portfólio?
Seguindo essa ideia - ousada - ela entende que ela poderia então organizar as diferentes atividades - os blocos construídos - e categorizar em pastas diferentes e criar vários portfólios. Elaborando mais a ideia, ela notou que ela poderia ter, por exemplo, um portfólio de design dos esboços das conceitualizações. Inclusive ela até viu valor nessa ideia já que ao fazer como um portfólio ela poderia mostrar e coletar feedback. Lógico que, neste caso, não seria bem um portfólio típico, que busca vender um produto pronto. Seria mais um portfólio sobre como ela está fazendo seu trabalho.
Assim, por um lado, a ideia é boa. Mas, por outro lado, vem uma complicação dentro daquele assunto do foco: Na intenção de criar um portfólio, por exemplo algo que é público, ela poderia se ver alterando a realidade - adaptando o trabalho para a audiência - o que poderia levar ela a desfocar.
O exemplo seria: Vou fazer uma mostra do designs dos conceitos do veículo. E ela leva semanas para criar isso tudo. Acaba que cria novas ideias, tem que organizar a apresentação do portfólio etc. Nessa situação, ela e seus investidores podem sentir uma pressão que irá naturalmente pedir que não se envolva nesse tipo de atividade; justamente porque poderia gerar um grau de artificialização ou pressão voltada ao objetivo do portfólio pode criar uma ruptura com a sua meta original que era de criar um veículo inovador para uma demanda de mercado.
Para resolver essa complicação - mas ao mesmo tempo celebrar a ideia do portfólio - uma possível solução é criar um portfólio estratégico, um que realmente importa. Ou seja, não é nem o fazer nada (um extreemo) nem é a criação de um portfóio artificializado (outro extremo) que não ajuda com o objetivo:
O portfólio que importa seria algo no meio que leva ela a estar mais próxima do objetivo mas também respeita que a execução dessa atividade irá demandar um certo tempo de organização. Uma vez aberta para esse tipo de ideia, ela pode identificar vários tipos de portfólios estratégicos que podem ajudar até caso o projeto não seja lançado. Esse portfólio estratégico pode contar com fatores como:
Exemplos que ela poderia fazer:
Logicamente você deve estar se perguntando. Oras, mas isso não parece ser um portfólio, parace ser mais uma documentação de um projeto feito com mais transparência e organização que serve a um propósito. É verdade. E talvez muitos portfólios que existem por aí de fato tem um pouco disso.