Sobre os perigo de focar nas primeiras impressões no início de uma entrevista

Visão geral

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Pessoal, olha que maluco, vamos refletir sobre o perigo de seguir seu instinto, as primeiras impressões, que ocorre nos primeiros momentos da hora da entrevista com um candidato; com o Laszlo Bock, do livro Um Novo Jeito de Trabalhar.

Imagine duas pessoas que acabaram de se conhecer e logo no início da conversa ficam felizes. Sabemos aquela ideia que diz que "a primeira impressão é a que fica".

Mas essa ideia é forte também na hora das entrevistas. Imagine um entrevistador que entrou na sessão com um candidato via teleconferência. Logo nos primeiros momentos a conversa começou bem. Segundo o Laszlo Bock isso tudo pode chegar ao caso de míseros 5 segundos.

Daí, o que vem com isso? Notícia complicada, que diz que depois da primeira impressão, o entrevistador passa a acelerar, ou atropelar; mesmo que avance com muito tempo, ele fica amarrado as primeiras impressões.

Uma pesquisa neste sentido, feita com 2000 pessoas, indicou que os primeiros 10 segundos de entrevista eram capazes de prever o resultado final. Pauta bomba, não é mesmo?

Em câmera lenta, considere nossa tendência, que começa com essa contemplação dos primeiros momentos. A partir deste momento, é como se estivéssemos em uma missão para analisar se as impressões são verdadeiras ou não. Engajamos em um modo de validação:

Imagine a cena 1, onde o entrevistador não gostou do entrevistado nos primeiras momentos. Na sequência, ele engaja em perguntas como "Fale-me sobre você?" e outras como diga-me sobre seus pontos fracos; ou fortes. Como se estivesse procurando peças em um quebra-cabeça que tem uma imagem inicial já formada.

Pior acontece quando entrevistas, nessas condições, trazem desafios não úteis. Laszlo aponta o exemplo do desafio que pergunta "quantas bolas de golfe cabem em um 747?". Ferramentas que não dizem nada sobre a capacidade da pessoa em aprender e podem muito falhar se um candidato qualquer tem familiaridade com o exercício, por exemplo. Fora que em muitos desses desafios o entrevistador tem cartas na manga, sabendo exatamente o que deseja ouvir.

Laszlo escreveu que "Em outras palavras, as entrevistas, na maioria, são um desperdício, porque 99.4% do tempo são gastos na tentativa de confirmar as impressões formadas nos primeiros 10 segundos. " (p.87).

Obrigado Laszlo Bock.


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